sexta-feira, 24 de abril de 2020

Verde, vermelho, azul, e graninha no bolso!



Verde, vermelho, azul, e graninha no bolso!

A necessidade de ampliação da cartela de atividades de um estilista contemporâneo esta cada vez mais latente. O fashion designer atual, não se limita mais a criação das roupas. O designer hoje, tem a missão de criar uma imagem de marca, de universo, que se revertera em vendas. Uma black pants Versace torna-se completamente distinta a uma mesma black pants Prada. São universos antagônicos, apesar da similaridade do produto. Esse novo profissional tem esse intuito, de modelar e criar mundos de imagem, mundos de sonho.

A vida é tão corrida, tão globalizada, que as simplificações do vestir ganham espaço. Deixa-se de usar a roupa e passa-se a consumir a imagem, imagem-conceito de uma marca e/ou estilista.

O novo artigo da Susy Menkes/Herald Tribune, trata do assunto exemplificando a dificuldade de um novo profissional adentrar e permanecer no mercado de moda contemporâneo sem o apoio (leia-se dinheiro) dos conglomerados de luxo. Deixa-se de existir profissionais auto-suficientes, afinal, para transgredir e vender, é necessário “marketear”.

O universo de sonho da Haute Couture parisiense, se mantém viva, exclusivamente (será?) para vender perfumes, óculos, maquiagem, roupa de cama/mesa/banho (credo!). The big boss (Bernard Arnault/LVMH) promove o poder do luxo (onde o mesmo tem uma relação direta com exclusividade/desejo). Compra Maisons quase ou totalmente falidas (devido a uma má administração), e as restaura com uma boa dose de marketing e/ou um jovem estilista no comando.

Os critérios para esse jovem profissional se manter no mercado esta diretamente ligada à qual grande empresa patrocina o estilista escolhido. Se o mesmo não possui tal apoio, não consegui competir com os grandes nomes da moda.

A correria das assíduas clientes (ou não tão assíduas assim) em querer fazer parte desse universo desencadeia uma quantidade de dinheiro exorbitante (necessário para a manutenção do luxo). Se uma marca não cresce, estagna, cai em falência, e futuramente pode vir a ser comprada por um dos conglomerados, que por sua vez, eram seus rivais no passado (num curto espaço de tempo, of course!). Isso gera um sobe desce na escala de poder, onde não se sabe quem ira sobreviver a mais uma estação (ai meu coração!). Com exceção (lógico!) dos grandes conglomerados, que aumentam a cada dia, e padronizam a industria da Moda cada vez mais!

Eu já to guardando dinheiro debaixo do colchão!

E você ta? Não?

Olha lá heim...



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